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terça-feira, 11 de março de 2014

O VERDADEIRO SENTIDO DA PÁSCOA

                                                      Pr. Elias Rébuli.
A Páscoa foi instituída na noite em que ocorreu o Êxodo do Egito. A primeira Páscoa (isto é, com um novo significado) foi celebrada na Lua Cheia, no final do dia 14 do mês de Abibe; aproximadamente no ano de 1445 a.C. Dali em diante deveria ser celebrada anualmente (Êx 12.14, 17-24).
  
Cada família devia escolher um cordeiro ou cabrito sem defeito, sem mácula, com a idade de «um ano». Tinha que ser o melhor cordeiro ou cabrito; o animal escolhido não podia ter defeitos.


O CORDEIRO
O fato de ter «um ano» de idade era requerido, tendo em vista a sua inocência, não podia ser um animal de qualquer idade (Êx 12.5). O cordeiro era levado para dentro de casa no dia 10 de Abibe, e mantido ali até o dia 14 do mesmo mês. Período, durante o qual era observado pela família que iria sacrificá-lo, caso não possuísse algum defeito o animal era então sacrificado (Êx 12.3, 6). Além de uma escolha cuidadosa do animalzinho no campo, o tal ainda era tomado da sua mãe e, levado pela família que iria sacrificá-lo, para confirmar a sua escolha; não podia haver erro ou engano na escolha. –

O cordeiro (ou cabrito) após ser imolado o seu sangue (não podia ser desperdiçado, tinha grande valor e significado para os israelitas) era aspergido com um molho de hissopo nas ombreiras (partes verticais da porta) e na verga da porta (parte horizontal sobre as ombreiras) da casa em que comeriam o cordeiro (Êx 12.7, 22). Observa-se; que o sangue não poderia ser aplicado em mais nenhum outro lugar, nem na soleira da porta, onde poderia ser pisado.

O sangue nas ombreiras e na verga da porta era o sinal que identificava a casa dos hebreus dos egípcios. Pois, o Senhor Yahweh havia falado a Moisés, seu servo em Êxodo 12.12, 13; «E eu passarei pela terra do Egito esta noite e ferirei todo primogênito na terra do Egito, desde os homens até os animais; e sobre todos os deuses do Egito farei juízos. Eu sou Yahweh. E aquele sangue vos será por sinal nas casas em que estiverdes: vendo eu sangue, passarei por cima de vós, e não haverá entre vós praga de mortandade, quando eu ferir a terra do Egito».

À morte dos primogênitos era um desafio consumado em juízo sobre os falsos deuses egípcios. Porque quase todos os deuses do Egito eram semelhantes a algum animal, com feições humanas. Logo, a morte do primogênito de cada tipo de animal mostraria a falibilidade e a impotência das divindades pagãs que haveriam de protegê-los.

O cordeiro (ou cabrito) era abatido, esfolado (isto é, tirava-se a pele), suas partes internas eram tiradas e assim eram limpas e depois recolocadas no lugar, daí então era assado inteiro, com a cabeça, as pernas e a fressura (Êx 12.9). O animal tinha que estar bem assado, nada cru, e sem que lhe quebrasse nenhum osso (Êx 12.46; Núm 9.12). Após a carne ser assada no fogo, era comida pela família com pães asmos e ervas amargas (alfaces bravas etc.), Êxodo 12.8. –

ERVAS AMARGAS
As ervas amargas simbolizam todo o sofrimento de Cristo, desde sua prisão até o Calvário.


PÃO ASMOS (Pão sem fermento)

A ausência de fermento indica a pureza da santidade cristã em comparação com o mundo perdido ao nosso redor

A Páscoa realizada no Egito, a cabeça da família foi o responsável para abater o cordeiro (ou cabrito) em cada casa, e todos deviam permanecer dentro da casa até o amanhecer para que não fossem mortos pelo anjo da punição e da destruição (Êx 12.22, 23). 
Os participantes comeram em pé, e com os lombos cingidos (vestidos), com o cajado na mão, com as sandálias nos pés, e que comessem apressadamente para que estivessem prontos para uma longa jornada. À meia-noite (como Deus havia dito a Moisés), todos os primogênitos dos egípcios foram mortos, mas o anjo passou por alto as casas em que o sangue havia sido aspergido (Êx 12.11, 23).

Cada família tinha que tomar um cordeiro macho de um ano de idade, sem defeito e sacrificá-lo ao entardecer do dia 14 de Abibe; famílias menores podiam repartir um único cordeiro entre si (Êx 12.3-6). O sangue do cordeiro sacrificado devia ser aspergido nas duas ombreiras e na verga da porta de suas casas. Quando o Anjo passasse, passaria por cima daquelas casas que tivessem o sangue aspergido sobre elas (daí o termo Páscoa, do hebraico pesah, que significa «pular além da marca», «passar por cima», dando a idéia de poupar, de proteger (Êx 12.13)). 

Assim, pelo sangue do cordeiro morto, os israelitas foram protegidos da condenação à morte executada contra os primogênitos egípcios. Yahweh ordenou o sinal do sangue, não porque Ele não tivesse outra forma de distinguir os israelitas dos egípcios, mas porque queria ensinar ao seu povo a importância da obediência e da redenção pelo sangue, preparando-o para o advento do «Cordeiro de Deus», que séculos mais tarde tiraria o pecado do mundo (Êx 12; João 1.29).
            
           Naquela noite específica, os israelitas deviam estar vestidos e preparados para viajar (Êx 12.11). A ordem recebida era assar o cordeiro e não fervê-lo, e preparar ervas amargas e pães sem fermentos. Ao anoitecer, portanto, estariam prontos para a refeição ordenada e para partir apressadamente, momento em que os egípcios iam se aproximar e rogar que deixassem o país. No dia 15 de Abibe (mais tarde chamado Nisã) os filhos de Israel deixaram a terra do Egito, em cerca de 1445 a.C. (há muitas especulações sobre a data exata em que ocorreu o Êxodo, no entanto, esta parece ser a mais provável). Observamos que tudo aconteceu conforme Yahweh dissera (Êx 12.29-36).

A Ceia Pascal devia ser comida pelos membros de cada família. Se a família fosse pequena demais para comer o cordeiro, chamavam-se os seus vizinhos mais próximos até que houvesse número suficiente para comer o cordeiro todo naquela noite (Êx 12.4, 8). Quaisquer sobras de carne deviam ser queimadas antes do amanhecer (Êx 12.10).



A História Pagã do coelho da Páscoa e os ovos 

A figura do coelho está simbolicamente relacionada à esta data comemorativa, pois este animal representa a fertilidade. O coelho se reproduz rapidamente e em grandes quantidades. 

Entre os povos da antiguidade, a fertilidade era sinônimo de preservação da espécie e melhores condições de vida, numa época onde o índice de mortalidade era altíssimo. No 

Egito Antigo, por exemplo, o coelho representava o nascimento e a esperança de novas vidas.
NOTA:  Para os Judeus o coelho era considerado um animal imundo.


NO NOVO TESTAMENTO

A última refeição do Senhor com os discípulos, pouco antes da cruz foi por ocasião da páscoa (Lc. 22.1,7,14-16).

No NT Cristo instituiu a Santa Ceia, onde comemoramos a sua morte, identificando-nos com Ele (I Co. 11.26). Em Cristo a Antiga Aliança é abolida e a humanidade é introduzida pela fé numa melhor esperança

No Novo Testamento, lemos: “limpai-vos do fermento velho (pecado), para que sejais uma nova massa (nova criatura, II Corintios 5:17), assim como estais sem fermento. PORQUE – CRISTO NOSSA PÁSCOA, FOI SACRIFICADO POR NÓS

Cristo nos tirou das trevas do pecado; Cristo nos tirou do reino de Satanás (“Faraó velho”) e nos levou ao Reino da Luz.

EM MEMÓRIA DE MIM
Sentado com os seus discípulos para observar a celebração anual da Páscoa de Israel em Jerusalém pela última vez, Jesus lhes pediu que fizessem o memorial da sua morte e de seu amor para com eles, dando-lhes instruções específicas para isso. 

O apóstolo Paulo, escrevendo aos seus irmãos de Corinto, transmitiu estas instruções: “Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; e, tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo testamento [nova aliança – NVI] no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim.” - 1 Coríntios 11:23-25


A expressão “fazei isto,… em memória de mim” significa que a cerimônia celebrada por Jesus naquele momento era a introdução junto aos seus discípulos, de uma celebração que substituiria a Páscoa de Israel, que estava prestes a tornar-se obsoleta naquele mesmo dia na cruz no Calvário, quando Ele daria a sua própria vida. 

Continuando em sua epístola ou carta aos irmãos de Corinto, Paulo afirma claramente o propósito e a função do novo memorial do Senhor. Ele escreve: “Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha.” - 1 Coríntios 11:26

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